“Portão de Baldur é um ninho de víboras cheio de esquemas e conspiradores“
(Coran, o político)
Vista de Baldur’s Gate |
BALDUR’S GATE
Baldur’s
Gate – o Portão de Baldur, por muitos chamados simplesmente de Portão, é a
maior metrópole e Cidade Independente da região chamada Costa da Espada (já que
Águas Profundas, geograficamente, fica na região O Norte). A região da Costa da
Espada é parte da região Terras Centrais do Ocidente, no continente de Faerûn,
no planeta Toril do cenário de Forgotten Realms, onde também estão lugares
famosos como Neverwinter (Nevenunca), Waterdeep (Águas Profundas), Myth
Drannor, Icewind Dale (Vale do Vento Gélido), Hillsfar (Colina Distante),
Cormyr, Westgate (Portão Ocidental), Candelkeep (Forte da Vela),
Menzoberranzan, Shadowdale (Vale das Sombras) entre tantos outros locais
abordados em diversas mídias como jogos eletrônicos, romances, filmes, jogos de
tabuleiros (boardgames) e muito mais.
Forgotten
Realms é o cenário mais popular entre os cenários oficiais do RPG mais famoso
do mundo, Dungeons and Dragons. Assim, se você veio após ter entrado em contato
pela primeira vez com esse mundo, talvez por jogar o jogo Baldur’s Gate 3,
estamos aqui, dando uma voltinha e explicando um pouco para que você não se
sinta perdido.
Cenários de
RPG são “o mundo fantástico” (ou horrível, ou apocalíptico, etc…)
onde a história acontece. Eles possuem nomes próprios e muitas vezes diferentes
do nome do “planeta” em si, até porque algumas vezes não é bem um
planeta, ou não está limitado a um planeta. Podem ser planos de existência,
outras dimensões, um sistema intergaláctico inteiro…
Baldur’s
Gate, o nosso Portão de Baldur, é uma cidade no cenário mais popular, e graças
a série de jogos Baldur’s Gate, é possivelmente a cidade mais conhecida deste
mundo, rivalizando somente com Neverwinter, por quem nunca jogou RPG de mesa.
No RPG, essa cidade já existia muito antes do primeiro jogo da série e,
provavelmente, seguirá existindo e evoluindo sua história após os eventos
contados no jogo BG3. Mas afinal, que cidade é esta?
É isso que
iremos explicar um pouco neste post. Vamos falar de sua geografia, história e
forma de governo. Segue com a gente…
Mapa de Baldur’s Gate em PT-BR |
A CIDADE NA
COLINA – POR QUE PORTÃO DE BALDUR?
Portão de
Baldur, a nossa queria e amada Baldur’s Gate, começou como um porto escondido
onde comerciantes se encontravam com piratas e “faróis-fantasmas”,
pessoas ao longo da Costa da Espada que usavam luzes para atrair navios em
direção à costa, onde eles encalhariam e teriam seus bens saqueados. Depois de
apanhar seus alvos, os saqueadores viajavam léguas rio acima até o futuro local
do Portão de Baldur, em uma curva do Rio Chionthar que oferecia um bom porto e
acesso relativamente fácil ao Caminho do Comércio, e então vendiam seu butim a
comerciantes sem medo de encontrar os proprietários originais das mercadorias.
Com o
tempo, comerciantes e pastores empreendedores decidiram que o excelente, embora
ilícito, comércio superava o problema do solo pobre das falésias e criaram
raízes. Devido em parte às suas névoas frequentes e certamente à reputação de
seus residentes, o assentamento ficou conhecido como Porto Cinzento – um nome
que os baldurianos usam para a baía até os dias atuais.
A cidade
ganhou seu nome atual séculos atrás, quando o grande explorador Balduran voltou
de sua jornada para o outro lado de Encontro Eterno (Evermeet), a terra natal
dos elfos, onde procurou as lendárias “ilhas de Anchorome” (muitas
vezes citado como um arquipélago, na verdade Anchorome é o continente ao norte
de Maztica, onde vivem os elfos Poscadar e diversas tribos de Thri-Kreen, além
do povo Azuposi. Se quiser saber mais sobre Maztica, você pode ler AQUI). Ele
espalhou histórias incríveis de suas aventuras de exploração, e também espalhou
enormes quantidades de riqueza, algumas das quais ele gastou para construir um
muro em torno de sua cidade natal que era frequentemente invadida. Em um
determinado momento Balduran partiu novamente para Anchorome e nunca mais
voltou.
A muralha
de Balduran repleta de portões circundava as casas no topo do penhasco, mas
deixava o porto e a subida dos penhascos desprotegida. Esse projeto permitiu
que os residentes taxassem os produtos que chegavam ao mercado. Os colegas de
Balduran, capitães de mar para quem o porto era o lar, insistiram com raiva que
o portão pelo qual o comércio do sul e o tráfego do porto entravam na cidade
era o “Portão de Baldur” e eles se recusaram a pagar. Eles lutaram, derrubaram
os comerciantes e pastores enriquecidos e tomaram o controle da cidade.
Os quatro
capitães mais velhos, com seus dias no mar chegando ao fim, entregaram seus
navios a marinheiros mais jovens, que por sua vez apoiaram a instalação dos
capitães como governantes da cidade nascente. Os velhos capitães chamavam a si
mesmos de “duques”, de brincadeira, mas o título provou ser útil nas
negociações intermunicipais. Após a fundação de Amn, o comércio cresceu no
clima menos rígido do Portão e a cidade cresceu. Ele explodiu seus limites
originais, engolindo Porto Cinzento enquanto crescia e descia os penhascos. Os
destinos das cidades superior e inferior estavam tão entrelaçados que os duques
determinaram que a cidade inferior não poderia ser exposta a invasores. Assim,
Portão de Baldur ergueu dois novos segmentos de muralhas ao longo das falésias
que se ligavam à Velha Muralha, que foi melhorada, e também beijou o rio
Chionthar duas vezes, nos lados oeste e leste da cidade.
Hoje.
Portão de Baldur ainda se recusa a ser restrita dentro de seus limites. Pessoas
e empresas impedidas de residir dentro das muralhas se amontoam contra elas ou
se espalham pelas estradas periféricas. O que antes eram duas comunidades agora
parecem três: a privilegiada Cidade Alta, a trabalhadora Cidade Baixa) e a sem
lei Cidade de Fora.
Brasão de Baldur’s Gate |
O BRASÃO DA
CIDADE
O Brasão da
cidade de Portão de Baldur tem um escudo com uma fortaleza acima dele e dentro
dele um navio centralizado com o mar abaixo e o céu azul acima.
A fortaleza
acima do escudo remete, obviamente, à muralha que tem um portão que acabou por
dar nome a cidade. O navio no brasão do Portão de Baldur representa tanto o
papel da cidade como um centro de comércio fluvial e oceânico quanto seu
homônimo, Balduran, um explorador que navegou para o oeste rumo ao desconhecido
e voltou com grande riqueza. O mar calmo simboliza a intenção do Portão de ser
um poder pacífico, e o céu claro e azul denota otimismo quanto ao seu futuro.
Os
frequentes nevoeiros e garoas colocam o brasão da cidade no centro de várias
piadas e ditados, como “Quando as armas [brasão] mostram a verdade”,
significando nunca ou raramente, e “Não esqueça o casaco”, indicando tempo
claro e ensolarado. Enquanto isso, ditados como “Os mares se agitam” e “O navio
está virando” fazem referência a perigos ou problemas no caminho.
CHEGANDO EM
PORTÃO
Ou bem você
está chegando em Portão de Baldur de barco (por meio fluvial ou marítimo), ou
bem você está chegando pelo Caminho do Comércio. O Caminho do Comércio é uma
estrada muito antiga, que liga Portão de Baldur a Águas Profundas (Waterdeep).
Mais próximo do Portão de Baldur, a estrada é principalmente de cascalho, mas
alguns segmentos de granito em ruínas permanecem de antigas tentativas de
construção de um império. Mais adiante, o Caminho do Comércio torna-se uma
trilha de terra que as chuvas leves e frequentes da área muitas vezes reduzem a
lama. A velha estrada desaparece nos Campos dos Mortos, separando-se em várias
trilhas percorridas por comerciantes e viajantes, dependendo da estação e
relatos de bandidagem atuando na região. Quando os viajantes avistam o Castelo
Lança de Dragão, ele retoma um curso mais regular.
FAZENDAS?
Sem
fazendas. O solo raso ao redor do Portão de Baldur é ruim para a agricultura,
mas o pasto é bom, então os pastores criam ovelhas, gado, cabras e cavalos.
Mercado de Baldur’s Gate |
TRÊS
CIDADES
Cidade
Alta: A Cidade Alta estritamente policiada e ordenada é o lar da privilegiada
classe patriarcal. Os patriarcas são as famílias mais antigas de Portão de
Baldur e compõem a nobreza da cidade. Vivendo ao lado deles em casas mais
humildes, mas ainda assim bonitas e bem conservadas, está uma classe alta de
famílias que ostentam histórias orgulhosas: como mordomos dos patriarcas
(alfaiates, joalheiros, mordomos, chefes de cozinha, jardineiros-chefes e
afins) e como membros da Vigília, a força policial de elite da cidade que faz a
ronda na Cidade Alta, e independente do Punho Flamejante, a milícia que protege
os demais lugares.
Cidade
Baixa: A Cidade Baixa, em forma de meia-lua, circunda o porto e ganha elevação
a partir do rio até encontrar as muralhas da Cidade Alta. Suas ruas estreitas e
de paralelepípedos dão lugar a lances de degraus de pedra em locais
particularmente íngremes. Trabalhadores e artesãos de todos os tipos, incluindo
marinheiros, saleiros, lojistas, padeiros e artesãos habilidosos, cujo trabalho
não requer forjas barulhentas ou tanques ou ingredientes nojentos, labutam e
moram no labirinto de pequenos prédios frequentemente subdivididos da Cidade
Baixa.
Cidade de
Fora: Também chamada de Externa ou Cidade Exterior, sendo uma expansão de
piquetes, ruas de terra, barracões e prédios semipermanentes fora dos muros, a
Cidade de Fora acomoda tudo o que as cidades Alta e Baixa não acomodam: Os
comércios mais sujos e fedorentos, cavalos, bois, mulas e outros animais de
carga e gado que não são permitidos dentro das muralhas da cidade (e então eles
são colocados em estábulos, carregados e descarregados ou abatidos nesta área).
Há muito tempo, o Conselho dos Quatro decidiu não pagar o Punho Flamejante para
policiar a Cidade de Fora, então a única lei aqui é o que o costume comum e a
Guilda – o sindicato de ladrões, bandidos, gângsteres, agiotas e assassinos da
cidade – impõem. Entre os distritos de Cidade de Fora se destaca a Pequena
Calimshan, um distrito murado com vários minaretes que se subdivide em diversos
bairros também murados (com muros chegando a até 5 metros de altura) ligados
por passarelas para pedestres – mas não para veículos e montarias – onde os refugiados
de Calimshan decidiram morar longe de sua nação no sul da Costa da
Espada.
O RIO
CHIONTHAR
O Rio
Chionthar segue para o oeste ao longo da margem sul dos Campos dos Mortos.
Portão de Baldur fica a cerca de sessenta quilômetros da costa e alguns
quilômetros a leste da maré alta, tornando seu porto seguro contra a elevação
das águas, a menos que chuvas excepcionais rio acima causem inundações. Navegar
até a cidade em uma caravela leva cerca de um dia.
Passagem do Draco em Baldur’s Gate |
AS DUAS
PONTES
Duas pontes
se encontram em uma ilha alta e rochosa no centro do Rio Chionthar, onde uma
fortaleza guarda a passagem. A lenda local afirma que a ilha, há muito chamada
de Rocha do Draco, já foi o covil de um dragão de bronze, mas os estudiosos dão
pouco crédito à história. As pontes se tornaram conhecidas como a Passagem do
Draco.
O Punho
Flamejante, a milícia mercenária e força policial da cidade, ocupa a Rocha do
Draco. Em tempos difíceis, a fortaleza eleva as pontes levadiças de ambos os
lados, deixando os residentes de Cidade de Fora que construíram suas vidas de
ambos os lados das pontes por suas próprias contas.
RIBANCEIRAS
Penhascos
bastante íngremes margeiam o Rio Chionthar por léguas a leste e a oeste da
cidade. As falésias de granito amarelo, o mesmo das muralhas da cidade e a
maioria de seus edifícios, são chamadas de Ribanceiras. Se a base do granito
usado nas construções da cidade vêm das Ribanceiras, a maioria dos telhados de
Portão é feita de ardósia cinza que vem de uma pedreira dos Campos dos Mortos.
CAMINHO DA
COSTA
O Caminho
da Costa segue para o sul até Calimshan, passando por assentamentos que variam
de tamanho desde pequenas aldeias até grandes reinos. É a estrada que leva até
o Forte da Vela, Amn e Tethyr, para citar alguns lugares conhecidos.
Parlamento em Baldur’s Gate |
O GOVERNO
O governo
da cidade é formado por quatro Duques que formam o Conselho dos Quatro, um
deles tendo o título de Grão-Duque. As questões da cidade são definidas por
votação dos quatro Duques, tendo o Grão-Duque o voto de Minerva em caso de
empate. O título de Duque é vitalício. Quando um Duque morre, um novo Duque
deve ser escolhido pelo Parlamento dos Pares, um grupo de 50 membros
importantes da cidade, sendo um quarto deles vindos da Cidade Baixa e os outros
três quartos da Cidade Alta. Um Duque também pode renunciar a seu título, se
assim o desejar. O Parlamento também debate as necessidades e projetos da
cidade, que são levados ao Conselho dos Quatro.
Poster da Aventura Assassinato em Baldur’s Gate |
A HISTÓRIA
DA CIDADE
Os
sembianos têm um ditado: “Quem controla o Portão controla os bens”. Portão de
Baldur fica a meio caminho entre Águas Profundas, conhecida como a Jóia do
Norte, e o reino mercantil de Amn. Ele controla a foz do Rio Chionthar, do qual
os reinos centrais de Cormyr e Sembia dependem para alcançar Águas Profundas e
Amn de forma rápida e confiável. Os baldurianos têm se saído muito bem
hospedando, reabastecendo e taxando esses viajantes e comerciantes.
Apesar
dessas qualidades atraentes, Portão de Baldur era um ponto comum durante a
maior parte da história, um vilarejo insignificante entre dezenas ao longo da
selvagem Costa da Espada. Se alguma história tivesse sido escrita, eles teriam
contado sobre piratas covardes, contrabandistas ousados e fazendeiros heroicos
lutando para sobreviver enquanto repeliam saqueadores orcs e invasores
bárbaros. A grande cidade que Portão se tornou só foi possível graças à
filantropia daquele que lhe daria mais tarde o nome: Balduran.
Quando
Balduran voltou de Anchorome, ele distribuiu sua riqueza de forma livre e
equitativa, solicitando apenas que uma parte dela fosse usada para construir
uma grande muralha para proteger sua cidade natal, então chamada de Porto
Cinzento. O grande explorador não costumava se ancorar por muito tempo e partiu
para uma segunda viagem a Anchorome, da qual nunca mais voltou.
Independentemente disso, o pedido de Balduran por uma muralha foi respeitado, e
um magnífico e forte baluarte de granito foi construído ao redor do
assentamento no topo da colina com vista para o porto.
A aldeia de
Porto Cinzento cresceu enquanto as pessoas se aglomeravam em sua segurança. O
porto era bom e o local provou ser uma excelente encruzilhada para o comércio
entre o Norte, o Sul e as Terras Centrais do Ocidente. A riqueza fluiu com o
povo. Novos edifícios foram erguidos até que a cidade ultrapassou sua muralha e
se espalhou pela colina íngreme em forma de meia-lua em direção ao porto
abaixo.
Os
moradores começaram a chamar a cidade original de “Cidade Velha” e a área fora
dela de Empilho, devido à forma como seus prédios foram “empilhados”
uns sobre os outros. Os descendentes dos habitantes originais de Porto Cinzento
e residentes que eram ricos o suficiente para comprar propriedades dentro dos
muros tornaram-se as famílias patriarcais de hoje. Os que ficaram fora dos
muros, incluindo marinheiros, camponeses e artesãos, foram responsáveis então
pelo crescimento da cidade.
Queda da Bastilha em frente ao Hotel de Ville em 1789, Hippolyte Delaroche |
A Revolta
das Taxas
À medida
que o afluxo de forasteiros crescia, a Cidade Velha começou a taxar todos os
bens e pessoas que passavam entre o porto e a cidade. Os capitães do mar que
navegaram ao lado de Balduran protestaram contra os impostos e organizaram a
oposição, composta pelos residentes de Empilho. Líderes entre os plebeus
afirmaram que a muralha foi um presente de Balduran para todos os residentes da
área, então o uso do Portão de Baldur para entrar na Cidade Velha deveria ser
gratuito para todos.
O conflito
desenrolou-se no tribunal de guerra. Marinheiros, piratas e resistentes de
Empilho lutaram contra fazendeiros e comerciantes da Cidade Velha. Este último
grupo teria desmoronado imediatamente se não fosse pela muralha, fato que mais
tarde levou à formação da Vigilia. Quando a ralé e seus agitadores finalmente
romperam o Portão de Baldur, os combatentes pretendiam atacar o Câmara Alta,
onde os defensores e suas famílias haviam se refugiado – mas os quatro capitães
de mar mais velhos pediram clemência. Foi feita uma votação, cujo resultado
mostrou que as palavras comoventes dos capitães haviam inspirado uma trégua.
Este
momento está na raiz de como Portão de Baldur é governada hoje. Os cidadãos
elegeram os capitães do mar para serem o corpo governante da cidade. Os quatro
foram respeitosamente apelidados de “duques”, embora não fossem da verdadeira
nobreza, e a denominação pegou. Os primeiros duques ficaram conhecidos como o
Conselho dos Quatro e cumpriram mandatos vitalícios nos quais discutiam os
assuntos da cidade e tomavam decisões em conjunto. Quando um morria, uma
votação em toda a cidade elegia um novo duque.
Embora a
questão da tributação tenha sido deixada de lado por um tempo, os duques
perceberam sua necessidade, especialmente quando os ataques à crescente
comunidade de Empilho exigiram a construção de muros de proteção adicionais. A
partir daí, os residentes pararam de se referir aos dois distritos como “Cidade
Velha” e “Empilho” e, em vez disso, adotaram os apelidos de “Cidade Alta” e
“Cidade Baixa”. A essa altura, os marinheiros haviam levado as notícias do
conflito civil para outras terras, e a cidade se tornou conhecida pela maior
parte de Faerun como “Portão de Baldur”.
Punho Flamejante |
A Fundação
do Punho Flamejante
A Cidade
Baixa se esforçou para sobreviver enquanto abandonada como uma área sem lei até
que um guerreiro chamado Eltan, um filho nativo de Portão de Baldur, fundou a
empresa mercenária Punho Flamejante na cidade – e ao fazê-lo unificou as muitas
pequenas organizações mercenárias em toda a região da Costa da Espada. Os
combatentes se alistaram avidamente, expandindo o grupo incipiente para quase
dois mil membros.
O poder e a
influência política que o Punho Flamejante deu a Eltan lhe rendeu uma posição
como um dos quatro membros do conselho. Em um de seus primeiros atos como
duque, Eltan rapidamente colocou os soldados do Punho Flamejante com a função
de polícia municipal, fazendo da cidade baixa sem patrulhamento sua principal
prioridade. Ele usou uma parte dos impostos arrecadados pelos duques para pagar
os mercenários. O estabelecimento do Punho Flamejante deu a Portão de Baldur
uma posição considerável como uma potência militar na Costa da Espada, expandiu
a receita tributária da cidade e trouxe a lei e a ordem extremamente
necessárias para a Cidade Baixa.
Além de
triplicar de tamanho para seus atuais quase seis mil membros, a empresa
mercenária não mudou muito desde seus primeiros anos. Ela permanece como a base
da força militar da cidade.
Símbolo de Bhaal |
A Prole de
Bhaal e o Trono de Ferro
Durante o
Tempo das Perturbações, quando Ao, o Deus Supremo, forçou os deuses a andarem
entre seus seguidores mortais, Bhaal previu sua própria morte. Então o deus dos
assassinos elaborou um plano para escapar de seu destino. Depois de adotar a
forma mortal, Bhaal acasalou com muitas fêmeas em Toril. Essas uniões
conceberam a Prole de Bhaal, seres imbuídos de uma centelha da essência divina
de seu senhor. Os descendentes eram dotados de poderes incomuns e vidas
anormalmente longas e eram comportamentalmente inclinados à violência e ao
assassinato. Tais sentimentos eram particularmente fortes quando as crias
estavam próximas umas das outras, como Bhaal havia imaginado. Desde o início, o
Senhor do Assassinato pretendia que suas crias matassem umas às outras, com
cada descendente sobrevivente absorvendo cada vez mais a essência divina de
Bhaal.
Os
adoradores mais fanáticos de Bhaal caçavam os indivíduos da Prole de Bhaal,
tentando matá-los ou revelar sua natureza para que outros os matassem. Suas
ações se alinharam com os planos de Bhaal, que exigia que os justos mortais de
Faerûn perseguissem, expulsassem e matassem seus filhos e, assim,
involuntariamente, libertassem sua essência e provocassem seu renascimento.
Quase um
século atrás, parecia que o plano do Senhor do Assassinato poderia se
concretizar em Portão de Baldur. Na época, o Trono de Ferro, um consórcio de
comerciantes, planejou causar uma escassez de ferro em toda a área para
enriquecer seus membros. Sarevok, o filho adotivo de um líder do Trono de Ferro
e pertencente a Prole de Bhaal, assumiu a organização e tentou assassinar os
duques. Seu objetivo final era provocar uma guerra com Amn e usar o
derramamento de sangue para ascender ao trono de seu verdadeiro pai.
Outro
membro da Prole, Abdel Adrian, junto com alguns companheiros, evitou a guerra e
pôs fim à vilania de Sarevok. Depois de muitos anos de aventuras e um período
de reflexão, Adrian retirou-se para Portão de Baldur e serviu como marechal do
Punho Flamejante e duque, tornando-se o cidadão mais amado da cidade. Poucos
descobriram o plano de Bhaal durante estes eventos. Entre aqueles que o
fizeram, muitos acreditaram que a trama desmoronou para sempre quando Adrian
matou a última alta sacerdotisa de Bhaal e se negou a aceitar o poder acumulado
de Bhaal, escolhendo para si uma vida mortal. Eram tolos. O Senhor do
Assassinato esteve na escuridão, esperando apenas por suas últimas vítimas para
recuperar seu trono de sangue. Foi há poucos anos que Bhaal fez seu último
movimento. Ele fez com que Abdel fosse assassinado e então Torlin Prataescudo
se revelou como o Escolhido de Bhaal e se transformou no avatar do deus dos
assassinos, gerando caos e morte por toda Portão de Baldur. Ele só foi parado
quando confrontado por bravos aventureiros.
Vista de Baldur’s Gate |
Dias Atuais
Portão de
Baldur atualmente é governado pelo Conselho dos Quatro e o atual
Grão-Duque é Ulder Ravengard, com a companhia dos duques Thalamra Vanthampur,
Belynne Stelmane e Dillard Portyr, ex-grão-duque, que cedeu o cargo a Ravengard
após recentes problemas na cidade. Portão de Baldur segue sua difícil situação
de grande abismo social, com uma cidade dividida entre uma área protegida pela
guarda municipal que cuida exclusivamente dos ricos, uma segunda área nas mãos
da força miliciana dos Punhos Flamejantes e uma terceira parte jogada a própria
sorte, controlada pela organização mafiosa dos ladrões e assassinos da cidade.
O famoso Portão de Baldur |
FINALIZANDO O TEXTO
Gostou de ler sobre Baldur`s Gate? Gosta de de ler sobre locais famosos de D&D? Temos aqui em nosso site outros textos sobre metrópoles dos cenários de Dungeons and Dragons. Que tal ler um pouco sobre as Metropoles Planares, cidades que existem em outros planos de existência, AQUI? Ou talvez queira ler mais sobre Forgotten Realms, como a história do mundo, que você pode começar a ler AQUI.
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Pequena Calimshan |
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