por
Filipe Lutalo
Terra
Devastada não é um RPG de horror. Ele é um misto de “esperança,
traumas, perdas, riscos e consequências”. É sobre sobreviver em
um mundo pós-apocalipse, tomado por monstros carniceiros, tóxicos e
sedentos por carne fresca; e por milícias que estão desprovidas de
humanidade que passam por cima de qualquer coisa para garantirem sua
própria sobrevivência.
Terra
Devastada – Edição
Apocalipse
foi escrito por John
Bogéa
e lançado pela Retropunk
em 2016. Sua
primeira versão foi lançado em 2011, aborda o tema de Zumbis de
forma original e valoriza identidade brasileira.
Apresenta
um sistema acessível com dados de 6 lados (D6), foca na narrativa e
no horror pessoal e possui uma dinâmica de criação de personagens
inovadora.
História
e Proposta do Jogo
Terra
Devastada Edição Apocalipse apresenta um cenário de caos e
destruição provocado por uma grande pandemia, causada pelo vírus
ARN49
(Virus Cerberus).
Nesse
RPG, os jogadores assumem os papéis de sobreviventes, “pessoas
comuns” que precisam lutar a cada dia pela sua vida. Esqueça
dragões e ciborgues com cyberrejeição, o perigo são hordas de
zumbis que sempre almejam carne fresca e os demais seres humanos que
se organizaram em milícias armadas que buscam as mesma coisas que os
personagens, sobreviver. Neste jogo ética e moralismos são
descartáveis.
A
Versão Apocalipse
e
seus diferenciais
A
edição Apocalipse é uma versão revisada e aprimorada da edição
original de 2011. Ocorreu melhorias na diagramação e no trabalho
gráfico. O foco permanece na narrativa de horror pessoal e na
sobrevivência, mas traz materiais adicionais que expande o cenário
para mestres e jogadores. As
regras continuam compatíveis com a edição de 2011, usando
D6
e apoiando na flexibiliade. Ambas
as edições apresentam
um
RPG simples e narrativo
sobre
a sobrevivência humana.
Lançado
pela Retropunk,
a editora se pauta no pioneirismo em trazer títulos renomados como
Rastros de Cthulhu e Savage Worlds, diversidade de sistemas e
propostas de RPG (Four Against Darkness e Hora de Aventura:
Roleplaying Game, Terra Devastada e A Hora da Aventura) e estímulo
ao RPG nacional.
A
recepção do publico brasileiro foi excepcional. Walison
Jorge (@ethernalysrpg e @casadosjorges)
,
cofundador do Ethernalys RPG e jogador de RPG,
comenta que
umas das Top 5 aventuras que narrou foi de Terra Devastada. Ele
ressalta que
a parada de dados é obtida através das características dos
personagens e
das condições favoráveis ou não da cena. Isso facilita a
interpretação. “Terra Devastada é excelente, recomendo para
qualquer pessoa jogar. É um sistema muito simples, dados de 6 faces,
fácil de jogar” – conclui Wallison.
Arthur
Cardoso,
jogador e narrador de RPG
comenta
que a proposta de apocalipse zumbi é muito legal, gosta da parada de
dados e com um pequeno jogo de cintura dá para construir ótimas
narrativas.
Na
primeira mesa que ele jogou foi durante a pandemia. Ele estava
acostumado com sistema D20 e cenários de fantiasia medieval. “O
sistema me influenciou a buscar outros sistemas de RPG mais
narrativos não ficando preso ao sistema D20”, ressalta Arthur.
Terra
Devastada Edição Apocalipse é sem dúvida um dos grandes RPGs
narrativistas brasileiros. A arte e a diagramação são impecáveis.
O cenário é irretocável. O sistema cumpre com a proposta de ser um
jogo narrativo e mortal. O padrão de qualidade de Terra Devastada
Edição Apocalipse alçou o RPG nacional para outro patamar.
Se
você busca um RPG narrativo, intenso e genuinamente brasileiro,
Terra
Devastada – Edição Apocalipse
é obrigatório na sua coleção.
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———————-RPGames Brasil
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Charles Corrêa, também conhecido pelas alcunhas “Overmix” ou “Nandivh”, é um apaixonado por RPG e desenvolvimento web. Residente em Porto Alegre/RS, estuda programação desde 2001 e trabalha na área desde 2010.
No mundo do RPG, iniciou sua jornada como jogador em 2014 e, desde 2018, dedica-se a mestrar campanhas envolventes e desafiadoras, especialmente dentro dos gêneros de horror e dark fantasy.
Com experiência em sistemas como D&D 5e, Pathfinder, Cthulhu Dark, Vaesen e, mais recentemente, Savage Worlds, Charles também nutre uma curiosidade especial por Rastros de Cthulhu.
Conhecido entre seus jogadores como um mestre sádico, ele adora desafiar até mesmo os mais experientes combeiros, criando missões e encontros que exigem estratégia e criatividade. Inicialmente utilizando o Roll20 como plataforma, atualmente conduz suas campanhas no Foundry VTT, sempre buscando formas de melhorar a experiência de seus jogadores, aplicando seus conhecimentos em programação para aprimorar a jogabilidade e imersão.







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