Salve, salve, aventureiros!
Apresentamos hoje mais um review de um produto da linha O Chamado de Cthulhu da editora New Order. O cenário No Coração das Trevas.
No Coração das Trevas foi uma das inúmeras metas extras do financiamento coletivo da 7ª edição de O Chamado de Cthulhu no Brasil. O livro foi entregue já há alguns meses, em forma impressa (o PDF deve ser liberado em algum momento). E, antes tarde do que nunca, vamos a um review (livre de spoilers) desse interessante cenário para o RPG mais querido da equipe do UniversoRPG.
A Apresentação
O livro possui 38 páginas, com miolo em P&B, capa colorida e excelente qualidade de impressão. As ilustrações internas são dos brasileiros Walter Pax e Odmir Fortes (sendo que esse último também foi responsável pela capa), e são de boa qualidade, embora ainda com a “pegada” da 6ª edição (não é uma crítica, apenas uma observação).
Um ponto a se destacar é que o cenário não tem apenas as ilustrações feitas por brasileiros, mas é 100% brazuca, tendo sido escrito por ninguém menos que Luciano Giehl do blog Mundo Tentacular, com certeza a melhor fonte em português a respeito dos Mythos e de Chamado de Cthulhu. Alias, o Luciano é muito provavelmente, o maior especialista do Brasil em O Chamado de Cthulhu, tendo sido consultor das traduções da 6ª e 7ª edições do jogo para o português brasileiro.
O Cenário
A ideia para este cenário surgiu lá em 2010, como uma aventura para o chamado Torneio Tentacular, evento que acontecia durante o EIRPG e RPGCon, os maiores eventos de RPG que aconteciam em São Paulo.
Ao contrário das tradicionais ocupações que aparecem nas aventuras prontas, como professores universitários e investigadores particulares, No Coração das Trevas coloca os jogadores interpretando um grupo de criminosos trabalhando para um chefão da máfia em Arkham (a famosa cidade fictícia criada por Lovecraft, e principal localidade da chamada Lovecraftian Country). Esse chefão os convoca para descobrir que assassinou seu amigo de longa data (e ainda pior, profanou o corpo enquanto estava no necrotério). Nem todas as motivações são reveladas de cara, no entanto. E o que começa como uma aventura investigativa no submundo do crime organizado, logo vai se tornando algo mais misteriosos e aterrorizante. Logo os jogadores irão descobrir que existem coisas piores do que as furiosas metralhadoras Thompson.
A aventura desse cenário foi concebida para ser uma típica oneshot, ou seja, uma aventura com início, meio e fim definidos. Porém, isso não impede que ela seja usada em conjunto com outras aventuras. O próprio Luciano sugere que No Coração das Trevas pode ser jogado como uma continuação direta do cenário Blackwater Creek (que faz parte do Escudo do Mestre, e também entrou no financiamento da 7ª edição de O Chamado de Cthulhu), mas só funciona se em Blackwater Creek os personagens já eram capangas da máfia. Contudo, nada impede que No Coração das Trevas seja jogada de forma 100% independente, entretanto, já que todo o pano de fundo necessário é fornecido.
A aventura segue de forma mais ou menos linear, sendo que um Guardião novato, ou iniciante no RPG, não terá dificuldades em conduzir a sessão de jogo. A estrutura é bem clássica inclusive. Espere encontrar arquétipos e monstros clássicos das histórias de Lovecraft nessa aventura. E como não poderia deixar de ser, dependendo das decisões (e sorte!) dos jogadores, o final pode não ser tão feliz para os personagens.
Conclusão
No fim das contas, trata-se de um cenário que pode ser rapidamente lido e assimilado pelo Guardião, simples de mestrar, desafiador para os jogadores (sim, a mortalidade de personagens tende a ser bem alta), e ainda melhor quando jogado como continuação de Blackwater Creek, com os jogadores já imersos no contexto da trama.
No Coração das Trevas está disponível em versão física (e, a rigor, também em pdf, mas esse último está voltado apenas para apoiadores do financiamento coletivo da 7ª edição) na loja da New Order Editora.
O post No Coração das Trevas – Review apareceu primeiro em UniversoRPG.
Share this content:
Programador Web, Jogador de RPG e Jogos Eletrônicos, Mestre nas horas vagas.
Costuma jogar com as classes Paladino, Monge e Feiticeiro de D&D, Dragonborn, Aasimar, Elfo e Meio-Elfo são as Raças favoritas.
Deixe uma resposta